O mês de setembro é marcado pela conscientização sobre o suicídio. O movimento, denominado Setembro Amarelo, foi criado no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida em parceria com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria.

É um assunto cercado de tabus, contudo, é importante que haja a divulgação de informações na área para que seja possível identificar os sintomas que levam às estatísticas tão elevadas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens, perdendo apenas para acidentes de trânsito.

Cerca de 800 mil pessoas morrem anualmente dessa forma e esse número está relacionado à dificuldade que os indivíduos têm de procurar por ajuda especializada. Por causa do estigma de depressão e doenças mentais ser, ainda, muito negligenciado, muitas pessoas que desenvolvem esses sintomas se sentem julgadas ao buscarem auxílio.

Além disso, por ser um assunto que não é amplamente abordado, muitos indivíduos desconhecem os sinais e acabam entrando em estágios graves de depressão e outros distúrbios relacionados. Nesse sentido, o Setembro Amarelo visa informar e conscientizar à população com o objetivo de identificar os sintomas que levam ao suicídio e auxiliar essas
pessoas que tanto precisam de ajuda.

Outro dado da OMS afirma que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados através de informação e reconhecimento dos seus sintomas. Por esse motivo, é essencial promover ações que informem sobre o assunto e que disponibilizem conteúdos de qualidade para que haja uma redução nesses casos.

Infelizmente, a incidência de suicídio é alta entre adolescentes e jovens. Nesse contexto, é primordial que no ambiente escolar haja informação sobre assunto. Se você deseja saber como abordar esse tema na sala de aula.

Setembro Amarelo: Como abordar sobre o suicídio nas escolas?

Como já citado, o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens. Esse dado demonstra o quanto a informação no ambiente escolar é importante e eficiente para reduzir esses casos. Entenda como conscientizar seus alunos de forma didática.

Palestras

Convidar palestrantes profissionais, como psicólogos, é uma das maneiras de abordar o assunto e ensinar os alunos a identificar e resolver essa questão. É interessante destacar como é possível reconhecer os sintomas em si e em pessoas próximas, ensinando como agir em ambos os casos.

Atividades

Essas atitudes devem promover o bem-estar e um ambiente harmonioso entre os participantes. O objetivo é minimizar tensões e estimular a interação e a aproximação de alunos e professores.

Debates

Rodas de conversas e debates são oportunidades para conhecer um pouco mais dos alunos e o que cada um pensa sobre o assunto. É importante que seja um ambiente descontraído e que deixe os participantes à vontade para expor suas ideias.

Cartazes

Estímulos visuais são importantes para atrair a atenção dos alunos sobre o tema. Além disso, confeccionar cartazes e banners é uma maneira de fazer com que haja uma maior compreensão e entendimento do conteúdo. Promover o conhecimento através dessas ações, é importante para que o professor interaja com os alunos e saiba identificar os fatores de risco. Veja como notá-los.

Como identificar os sintomas nos alunos

Conscientizar e reconhecer os sintomas são essenciais para a prevenção. Veja algumas atitudes que merecem atenção.

  1. Abandono de amizades
  2. Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas
  3. Atitudes irresponsáveis
  4. Desequilíbrio emocional
  5. Consumo de álcool e drogas
  6. Assuntos constantes sobre a morte
  7. Demonstrar ter um plano de suicídio

Após percepção dos sinais, é o momento de agir. Se você deseja saber como lidar com um aluno que apresenta esses sintomas.

Como ajudar um aluno com sinais depressivos

Para auxiliar uma pessoa que possui pensamentos suicidas, é necessário demonstrar confiança e interesse em ajudar sem julgamentos. Tentar estar sempre presente e não deixar o indivíduo sozinho, também são atitudes importantes. É essencial incentivá-lo a buscar um profissional e estar disponível para conversas e desabafos.

Demonstrar empatia e disponibilidade para bons conselhos são ações fundamentais para que a pessoa se sinta segura em solicitar ajuda.

Conclusão

Apesar de ser um assunto delicado, abordar sobre o suicídio nas escolas é muito importante para que os alunos se conscientizem e se sintam confortáveis em expor o que sentem. A informação é essencial para que eles saibam identificar os sintomas e ajudar aqueles que necessitam. Ações como o Setembro Amarelo são ótimas alternativas para promover o conhecimento sobre o assunto e minimizar os tabus e estigmas relacionados.