Após mais de seis meses fechadas, alunos do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos puderam retornar às salas de aula no último dia 7. A previsão é que o retorno do ensino fundamental se inicie a partir de 3 de novembro. No entanto, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares no Estado de São Paulo, dados estimaram que somente cerca de 15% dos alunos retornaram às salas de aula particulares na quarta- feira.

O que diz o secretário de Educação do estado

De acordo com o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, o retorno às aulas utilizou protocolos estabelecidos através de experiências realizadas na Europa, que priorizam o fechamento de outros estabelecimentos como bares e restaurantes, mantendo as escolas em atividade, caso haja aumento dos números de infectados.

Segundo o secretário, a educação precisa ser priorizada, já que o nível de contaminação nesses ambientes é baixo, apresentando menor risco para os alunos. Soares relatou, ainda, que caso haja o aumento de casos em uma escola ou em uma região, tais situações serão tratadas dependendo do caso.

Autonomia para as cidades

O governador do estado afirmou que cada cidade terá sua autonomia com relação ao tema de ensino e à fiscalização sanitária. Sendo assim, o governo estadual define as regras para liberação das atividades escolares e os prefeitos podem adotar medidas mais restritivas em cada cidade.

Segundo o secretário estadual de Educação, a prioridade é o retorno do ensino médio, entretanto, caso haja autorização do prefeito, as escolas podem retomar as atividades desde o ensino infantil até o superior.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o prefeito Bruno Covas autorizou o retorno das aulas apenas para o nível superior, permitindo a reabertura das escolas de educação infantil, fundamental e médio somente para realização de atividades extracurriculares.

Regras para reabertura

As regras para reabertura foram publicadas em Diário Oficial no dia 1º de setembro ressaltando além dos protocolos de distanciamento, o uso de máscaras, entradas e saídas escalonadas, disponibilização de álcool em gel e o recebimento de até 20% do total de alunos em todas as turmas. Quanto à merenda, a preferência é por alimentos que dispensam preparos.

O retorno não é obrigatório e estudantes do grupo de risco não podem retornar às unidades. Professores e funcionários retornarão mediante assinatura de um termo de responsabilidade. O governo anunciou, ainda, que pagará um adicional aos professores da rede pública que retornarem ao ofício presencialmente.

Retorno atrai apenas 15% dos alunos no primeiro dia

Apesar da possibilidade de receber até 20% do total de alunos, no primeiro dia de abertura das escolas, o percentual estimado foi de apenas 15% dos estudantes matriculados nas unidades particulares. Esse número equivale a cerca de 200 mil alunos.

Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares no Estado de São Paulo, esses números já eram esperados após sete meses de fechamento das escolas. Como o retorno não é obrigatório, muitos pais preferem manter os filhos em casa por um tempo maior por segurança, o que também pode justificar esse dado.