Segundo a previsão do governo, o retorno das escolas em São Paulo deverá ser feito de forma gradativa, recebendo apenas 20% dos alunos totais de maneira presencial. Contudo, apesar da estimativa, ainda não há uma data certa para o retorno das aulas.

A secretaria estadual de Educação já havia divulgado a reabertura das escolas para julho. Entretanto, o órgão voltou atrás na sua decisão e afirmou que o retorno ainda não possui uma data definida.

Retorno das escolas em São Paulo será de forma híbrida

O secretário de educação do estado, Haroldo Rocha, anunciou que, mesmo sem data definida, o retorno às aulas deverá ser feito de forma híbrida e em etapas. Primeiramente, a capacidade máxima da escola não deverá ultrapassar 20%. Em seguida, 50% dos alunos poderão estar presencialmente na instituição, e posteriormente 100%.

Além disso, as aulas presenciais deverão ocorrer em dias alternados. Há também alguns estudos que indicam a ocupação dos colégios em turnos e até aos sábados com algumas recomendações.

Recomendações para a retomada das aulas

Segundo especialistas e alguns documentos oficiais, diversas medidas deverão ser implementadas para que a retomada das aulas seja realizada de maneira segura. Em primeiro lugar, o reforço na higiene deverá ser prioridade, contando com maior quantidade de banheiros, materiais de limpeza e estações para lavagem das mãos.

Do mesmo modo, opções como o distanciamento de cadeiras e atividades ao ar livre também são providências indicadas para retornar às aulas com maior segurança. Isso evidencia a importância de reduzir a quantidade de alunos por turma e a utilização de locais abertos para o ensino, o que nem todas as instituições seriam capazes de fazer.

A utilização do sábado e contra turnos, além do acolhimento emocional e o combate à evasão escolar também devem ser atitudes para um retorno efetivo das aulas. No entanto, é necessário estar preparado para todas essas etapas, com o objetivo de minimizar a transmissão e garantir um ambiente confiável para a recepção dos alunos.

Desafios para a volta às aulas

A suspensão das aulas trouxe à tona diversos problemas sociais, além de expor os alunos a maiores riscos de violência doméstica e exploração sexual. Há também as questões que afetam diretamente os estudantes da rede pública, como a falta de internet e merenda.

Contudo, apesar dessas dificuldades, o retorno às atividades presenciais também apresenta muitos impasses, principalmente na atual condição do número de casos da covid-19 no Brasil. A principal questão é que as escolas públicas não possuem as recomendações sanitárias necessárias para iniciar as aulas com segurança.

Tal característica pode impedir que o retorno das aulas seja realizado segundo as recomendações, significando grandes riscos à saúde dos alunos e colaboradores que atuam nessas instituições.

Em suma, contrariando o que anteriormente foi divulgado pela secretaria estadual de Educação, o retorno das escolas em São Paulo ainda não possui uma data definida. Contudo, a previsão é que aconteça de gradativamente, recebendo apenas 20% do total de alunos, além de ocorrer de maneira híbrida, unindo a forma presencial e à distância em dias alternados.

Apesar das estratégias estimadas, o retorno das escolas em São Paulo ainda conta com inúmeros desafios como a lotação das salas e a sobrecarga dos professores, exigindo uma melhor reorganização do espaço, do calendário e também das atividades.