O Brasil está vivendo um cenário complicado na saúde. Por um lado, uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, muito mais transmissível que a variante Delta. Por outro lado, outra variante da gripe, a H3n2. Mas, segundo especialistas, pode ser que em fevereiro tenhamos boas notícias, principalmente com relação à variante Ômicron.
Estudiosos ouvidos pela CNN relataram que a Ômicron deve perder sua força no mês que vem. De acordo com Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a tendência é que depois do pico de infecções, o número de casos venha a cair consideravelmente, o que deve acontecer em fevereiro.
Isso pode ser explicado pelas curvas de transmissão de países que apresentam uma cobertura vacinal semelhante ao do Brasil, como Canadá e Reino Unido. Nesses países, a transmissão caiu após um mês da chegada da Ômicron.
Relatada pela primeira vez em 24 de novembro de 2021, a Ômicron se espalhou rapidamente pelo mundo e atualmente já é identificada em 60% dos casos de covid registrados no último mês.
No entanto, tudo o que temos são apenas estimativas em comparação com o comportamento dessa variante em outros países. De acordo com José Cerbino Neto, os dados podem variar já que o Brasil possui infecções prévias, cobertura vacinal e sazonalidade diferentes desses outros países.
Cerbino afirma que, como ainda estamos em ascensão, não é possível se certificar que o comportamento no Brasil será o mesmo do visto em outros países. Segundo ele, “esperamos ver uma mudança de tendência em duas semanas, e quando isso acontecer será possível estimar a duração da onda.”.
Cuidados básicos podem prevenir tanto a Ômicron quanto a H3n2
Tanto a gripe quanto a nova variante do coronavírus podem ser prevenidas através das mesmas medidas. São elas:
- Distanciamento social
- Uso de máscara
- Lavar bem as mãos regularmente
- Usar álcool em gel quando estiver na rua
- Manter os ambientes ventilados
- Evitar tocar os olhos e a boca
- Evitar aglomerações
- Vacinar-se
Sintomas da variante Ômicron
O infectologista Jaime Rocha, professor da Universidade de medicina da PUCPR, afirma que os sintomas da variante têm sido mais leves. Segundo ele, em pessoas vacinadas, a nova variante tende a se concentrar no trato respiratório superior.
Os sintomas costumam aparecer de 2 a 12 dias depois da exposição ao vírus. Veja quais são os principais:
- Febre
- Calafrios
- Tosse
- Cansaço
- Dificuldade para respirar
- Dor muscular e no corpo
- Dores de cabeça
- Dor de garganta
- Náusea
- Diarreia
- Congestão nasal
- Coriza
- Perda de olfato
- Perda de paladar
O que diferencia a Ômicron de outras variantes é que, aparentemente, a síndrome gripal dura de três a quatro dias, demonstrando mais pacientes assintomáticos do que os infectados pelas cepas anteriores.
No entanto, apesar dos sintomas leves e da grande incidência de assintomáticos, os especialistas ainda não sabem se a Ômicron é uma variante menos grave do Coronavírus ou se isso é consequência da vacinação.